Nunca se viu uma variedade tão grande de vagas disponíveis no mercado de trabalho e ao mesmo tempo uma falta equivalente de pessoas qualificadas para as funções solicitadas. Mas já paramos para observar como esses novos profissionais entram no mercado (se por anseios, ambições, necessidades)? Qual seria a solução para qualificar esses novatos e “apadrinhá-los” por esta nova jornada?
Para responder a primeira pergunta, pode-se abrir uma caixinha de perguntas em nossas redes sociais e fazer uma breve pergunta para nossos primos, sobrinhos, filhos de amigos que estão entrando no Ensino Médio: Qual curso você quer fazer na faculdade?
Alguns já vão responder de cara que querem trabalhar com o que dá dinheiro, outros vão querer seguir a carreira dos pais (porque é mais seguro e por isso deve ser mais fácil dar dinheiro), outros sabem a sua vocação mas acabam fazendo outro curso (porque precisam de dinheiro para sobreviver e depois apostar na sua vocação) mas grande maioria acaba por não fazer nenhum curso superior porque precisam entrar no mercado de trabalho o mais rápido possível para ajudar nas contas da casa ou sustentar a família.
Esta é a grande realidade desta nova geração. Mas antes de perguntarmos a eles “o que querem ser quando crescerem”, penso que é necessário dedicar um tempo a ensiná-los sobre autoconhecimento: Quem são, como são, do que gostam, qual seu tipo de personalidade, como reagem em situações A, B, C. Quais seus hobbies, quais causas defendem, no que acreditam. Estes sim deveriam ser os norteadores para que, no processo de autoconhecimento encontrassem seu propósito, sua vocação e desta forma escolher a sua carreira.
A reflexão para qual quero convidá-los a fazer é: Iremos acompanhar os nossos minis eus baterem cabeça sozinhos nesta fase ou vamos abraçá-los? Vamos disponibilizar uma parcela do nosso tempo para ouvi-los e mentorá-los ou continuar criticando os sistemas de educação (públicos ou privados) pela falta de profissionais?
Podemos começar com algum sobrinho, o filho do vizinho que está nesta fase ou nos olhando no espelho e lembrando de como foi conosco e pensando em como teria sido diferente se tivéssemos alguém para nos apontar o caminho e as opções que se escancaravam a nossa frente.
Será que, no fim, ter um bom profissional não depende um pouco mais de você?