Os desafios da Mobilidade no Brasil e os indicadores que devem ser observados para obter qualidade no Transporte Coletivo. Acesse para conferir!
O planejamento, a infraestrutura e o bem-estar do usuário são fatores que influenciam a qualidade no transporte coletivo.
Marcado por seus icônicos veículos, como metrôs, trens e os diferentes modelos de ônibus, esse tipo de estratégia de mobilidade urbana se destaca por ser gerenciada pelos municípios e reduzir o impacto ambiental das cidades, embora apresente vários desafios.
Os pioneiros do transporte no Brasil inauguraram seus primeiros empreendimentos no início dos anos 1950 e grandes empresários do setor, como Jacob Barata Filho, contribuíram para o seu desenvolvimento.
Foi nas últimas décadas, porém, com a expansão acelerada dos centros urbanos e a intensa migração de pessoas vindas da zona rural, que a mobilidade ganhou maior atenção do poder público e da população.
Diante da crescente demanda e a superlotação nos serviços e espaços públicos, novas legislações e projetos surgiram na tentativa de melhorar a locomoção nas cidades, mas ainda há muito a ser feito.
Nos próximos tópicos, discutimos as características e vantagens do transporte público, bem como os indicadores que devem ser considerados para avaliar a sua qualidade. Continue a leitura para conferir!
Quais são as vantagens do Transporte Público?
A alta demanda e a má gestão são os principais desafios da mobilidade urbana no Brasil, especialmente no que se refere ao transporte público.
Embora seja muito criticado no país, esse é um modelo sustentável com diversas vantagens, começando pela sua proposta essencial: ser um serviço coletivo.
Esse tipo de transporte diminui o número de veículos em circulação e, consequentemente, reduz as poluições visual, sonora e do ar. Isso favorece o meio ambiente e a saúde da população, além de evitar congestionamentos e acidentes.
O transporte público também tem um papel social ao garantir o direito de ir e vir dos cidadãos.
Além de permitir a circulação e o acesso de pessoas de todas as classes econômicas às diferentes regiões do município, ele aumenta as oportunidades de emprego para trabalhadores que moram em locais distantes.
Nos próximos anos, com a introdução de novas tecnologias de mobilidade e soluções sustentáveis, esses benefícios serão ainda maiores.
Quais indicadores observar para obter qualidade no Transporte Coletivo?
O papel dos indicadores de qualidade é avaliar a performance de um empreendimento em diversos aspectos. Nesse caso, tratamos da qualidade no transporte público e, a seguir, você confere os principais deles de acordo com cada contexto.
Acessibilidade
A acessibilidade diz respeito à cobertura e ao acesso ao serviço. Nesse contexto, o transporte coletivo deve apresentar:
- ampla disponibilidade de horários e itinerários;
- veículos capazes de atender pessoas com problemas de saúde e portadores de necessidades;
- tarifa acessível.
Confiabilidade
A confiabilidade trata da percepção das pessoas sobre o transporte coletivo. Para que o serviço seja bem avaliado pelos usuários, ele deve apresentar:
- pontualidade;
- cumprimento dos itinerários informados;
- ações para prevenção de acidentes;
- medidas de segurança contra furto, roubo, violência e outros.
Infraestrutura
Uma boa infraestrutura é fundamental para a eficácia do transporte público. Nesse contexto, os indicadores de qualidade são:
- uso de tecnologia de mobilidade (como câmeras, bilhetagem eletrônica, GPS, circuito de TV, internet etc.);
- estado da frota (idade, manutenção e limpeza);
- sistemas de informação sobre linhas, horários e itinerários;
- condição das vias.
Mobilidade
A mobilidade foca na eficiência do serviço. Os indicadores de qualidade são:
- tempo de espera (em dias úteis, fins de semana e feriados);
- tempo de trajeto;
- integração (linhas e tarifas);
- conectividade;
- número de linhas existentes.
Conforto
A experiência do usuário tem um papel-chave na qualidade do transporte coletivo. Os gestores devem considerar:
- lotação;
- ambiente (ruídos, temperatura, iluminação, poluição etc.);
- qualidade dos veículos;
- qualidade das paradas.
Recursos Humanos
Por fim, é preciso observar o serviço prestado pelos funcionários. Devem ser analisados:
- qualidade da condução (velocidade, frenagem, obediência às leis de trânsito e paradas, bem como o uso de álcool e outras substâncias);
- educação e cortesia dos operadores;
- ações de treinamento, capacitação e reciclagem.
A mobilidade no Brasil apresenta problemas muito particulares, vários deles históricos. Entretanto, a expectativa é que com a introdução de novas tecnologias e modelos de gestão inovadores, a qualidade do transporte coletivo só tende a aumentar nos próximos anos.