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Sexta-feira, 22 Novembro, 2024

Exportação de GNL do Brasil para a Europa poderia render US$30 bilhões por ano ao país

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Fornecimento de GNL para a Europa poderia render US$ 30 bilhões para o país

Com a crise energética vivenciada na Europa, a exportação de GNL do Brasil poderia render valores bilionários ao país.

A situação originada dos conflitos entre Rússia e Ucrânia abriram as portas para novas oportunidades internacionais no mercado de gás natural. Com isso, a posição brasileira poderia ganhar destaque, especialmente com novas relações comerciais com os países europeus.

Entenda mais sobre essa possibilidade e veja a opinião de especialistas quanto aos ganhos que o Brasil poderia ter com a exportação de GNL.

O Brasil pode se tornar uma alternativa para exportação de GNL

O Brasil pode ser uma alternativa de fornecimento de GNL para a Europa, como aponta o consultor Eduardo Antonello, fundador da Golar Power e da Sunshine UK. 

Essa oportunidade surgiu da busca por fornecedores que sejam capazes de suprir as necessidades dos países europeus, que antes eram abastecidos pela Rússia. Tal possibilidade, seria possível graças às reservas que o Brasil possui, gerando um ganho bilionário, como indica o especialista: “Somente como referência, nos níveis atuais de preço de GNL, se o Brasil vendesse esses 70 milhões de m³ de gás sendo atualmente reinjetados a um preço de US$ 30/mmBtu, isso representaria um faturamento bruto anual de US$ 30 bilhões de dólares. Ou seja, praticamente o mesmo volume financeiro proveniente da venda projetada de minério de ferro para 2022″, explica Eduardo Antonello.

Ainda, vale a pena reforçar que essa cotação pode variar de acordo com a valorização do mercado, que tem previsão de aumento por conta da demanda internacional, podendo chegar a U$100/mmBtu, como indica a CNN.

Nesse caso, o Brasil poderia ser cotado como opção primária para suprir a exportação de GNL para a Europa.

A Europa deve buscar independência energética 

Após os últimos acontecimentos relacionados aos conflitos entre Rússia e Ucrânia, a expectativa é que a Europa busque independência energética para contornar a crise gerada no último ano.

Essa alternativa é necessária para diminuir as chances de novas baixas no futuro, considerando que o principal fornecedor ainda é a Rússia. Em momentos de conflitos, os países vizinhos sofrem com a falta de abastecimento de gás natural, essencial para aquecimento, condução e outras atividades.

Nesse cenário, a diversificação de suprimentos se torna uma necessidade para a Europa. “Independentemente da postura dos novos governantes, a Europa vai ter que buscar independência energética de forma permanente. E sem dúvida uma aproximação junto ao Brasil poderia ser muito interessante para os europeus, principalmente considerando a importância estratégica de diversificação no suprimento”, opina o especialista Eduardo Antonello.

Com isso, a busca pela independência energética e a parceria com novos países se torna ainda mais importante, ganhando destaque entre as prioridades dos governantes.

Uma futura aliança nasce na crise

Embora a situação de crise energética na Europa seja preocupante, essa situação pode gerar uma futura aliança no mercado de exportação de GNL.

A parceria com o Brasil não apenas geraria lucros bilionários, como também movimentaria o cenário interno e externo, promovendo a criação de empregos, para acelerar a construção de dutos de escoamento nacionais, e consolidando o país no exterior.

Isso promove uma propaganda positiva para o mercado brasileiro, se aproximando de uma das potências globais e abrindo novas portas para negociações futuras.

Assim, vale a pena acompanhar mais sobre as próximas negociações, e conferir os próximos passos da União Europeia em busca de alternativas para suprir sua demanda de gás natural com uma possível aliança brasileira.

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