17.3 C
São Paulo
Domingo, 24 Novembro, 2024

O que é música Renascentista e como Eduardo Antonello está tornando acessível?

Deve Ler

Saiba o que é música Renascentista e como Eduardo Antonello está tornando acessível?

A música clássica, por ter esse nome, pode parecer algo que ficou no passado. Porém, a música renascentista, em voga há muitos séculos, prova que não é bem assim.

No texto de hoje, vamos trazer a história da música renascentista, algumas de suas características e como ela influenciou a música atual. Venha conosco! 

O que é música Renascentista?

Como o nome diz, é a música feita durante a Renascença, mas é claro, há uma boa história por trás disso.

O período Renascentista, esteve em vigor entre os séculos XIV e XVII, com auge no Século XVI. Surgido na Itália, a cultura renascentista foi marcada por uma enorme busca à cultura e ao saber, inspirados por várias ideias dos gregos e romanos.

Em relação à música, houve interesse pela música chamada secular, assim como em escrever peças usadas para instrumentos, que já não serviam somente para acompanhar vozes.

Principais características da música renascentista

A música renascentista é de estilo polifônico, isto é, com várias melodias tocadas ou cantadas ao mesmo tempo.

Quanto à parte instrumental, até o começo do Século XVI, os compositores utilizavam instrumentos apenas para acompanhar o canto. Ao decorrer do Século, no entanto, os músicos passaram a escrever música somente para instrumentos.

Pode-se dizer que, durante esse período, houve mudanças em todas as belas-artes. No âmbito sonoro, houve um privilégio em notas graves, ainda que com limitações, pois, a nota mais profunda era o sol escrito na primeira linha da clave de fá na quarta.

Muitos instrumentos foram criados, como a viola da bamba e o lira da gamba e também se aumentou o número de cordas do alaúde, o órgão passou a ter pedais e o fagote entrou nos conjuntos musicais.

Também surgiu nesse período um instrumento de teclado, que podia ser um pequeno órgão, virginal ou clavicórdio.

Os principais instrumentos renascentistas eram:

  • alaúde;
  • viola;
  • cromorne;
  • cervalato;
  • sacabuxa;
  • trompete;
  • instrumentos de percussão — tambo­ril, tambor, tímpano, caixa clara, triângulo e címbalo.

Além disso, há os principais compositores do auge da música renascentista, que foram:

  • William Byrd (1542 – 1623);
  • Josquin des Préz (1440 – 1521);
  • G. P. Palestrina (1525 – 1594);
  • Giovanni Gabrieli (1555 – 1612);
  • Cláudio Monteverdi (1567 – 1643).

Música secular e religiosa

Sucintamente, a música religiosa, também chamada de sacra, é a música própria da tradição católica ou cristã, isto é, restrita a missas ou a ritos religiosos. 

Já a música secular é aquela não feita especialmente para os cultos religiosos, e portanto, sem a intenção primordial de falar sobre Deus e assuntos relacionados à religião. 

Por volta do século XV, o som de tríades completas (acordes de três notas), tornou-se comum e, no fim do século XVI, o sistema de modos de igreja começou a se tornar cada vez menos comum.

Isso deu lugar a sistemas de modalidades, ou seja, sistemas em que canções e peças são baseadas em “chaves” musicais, muito popular pelo Ocidente nos séculos seguintes.   

A ligação da música renascentista com a música popular

Apesar da diferença de letras, a melodia de ambos os estilos não era tão diferente como se parece. A música secular absorveu técnicas da música sacra e vice-versa no período renascentista. 

Gêneros musicais populares como o chanson e o madrigal espalharam-se por toda a Europa e versões precursoras de determinados instrumentos se desenvolveram em novas formas durante a época, como o alaúde, o violino, o violão e o teclado. 

Como destacamos acima, violão e outros instrumentos de corda são inspirados em instrumentos renascentistas. Afinal, versões mais antigas destes instrumento já eram presentes na música renascentista.

Por exemplo, a viola tinha seis cordas e geralmente era tocada na posição vertical. O cervalato, que tinha palheta dupla e som grave. E o alaúde, que assim como o violão e a viola, possui um braço com trastos (divisões de metal) mas mais largo e curto. 

Tais instrumentos foram se modernizando até chegar aos formatos atuais.

Eduardo Antonello dá “cara nova” as músicas dos séculos XVI, XVII e XVIII

Eduardo Antonello é um multi-instrumentista que tem como foco recriar estilos musicais dos Séculos XIII ao XVIII. Por isso, é bacharel em cravo e mestre em práticas interpretativas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Entre alguns instrumentos clássicos que sabe tocar, domina o clavicórdio, a viola da gamba, e diferentes gaitas de foles, mas grava suas músicas com abordagem informal, pois está firme em seu propósito de tirar aquele ar “engessado” da música clássica ao público. 

Você já sabia de todas essas curiosidades?

A música renascentista tem uma rica história e que tem influência em nosso modo de ouvir música até hoje.

Então, o que achou do texto de hoje? Tem algo a acrescentar? Coloca aqui nos comentários!

- Advertisement -spot_imgspot_img
- Advertisement -spot_imgspot_img

Últimas Notícias